Ethereum se torna uma criptomoeda promissora para os próximos meses

No dia 12 de abril, a rede Ethereum passou pela sua atualização mais importante de 2023 até o momento: o hard fork Shanghai. Planejada desde 2022, a atualização implementou a função de saques nos protocolos de staking, o que deu aos usuários a possibilidade de sacarem seus Ether (ETH).

Staking é uma modalidade de validação de transações na qual os usuários deixam algumas criptomoedas “travadas” na rede. Ao fazerem isso, eles podem validar transações e blocos, ganhando recompensas pagas em ETH, como remuneração por esse trabalho.

O staking chegou ao Ethereum em 2020, mas só agora os usuários poderão sacar suas criptomoedas. Graças a essas atualizações, a cotação Ethereum se valorizou e fez da criptomoeda um dos melhores investimentos de 2023. 

Portanto, se você quer aproveitar todo esse potencial, saiba o que esperar da segunda maior criptomoeda do mundo.

Melhorias na rede

Em setembro de 2022, o Ethereum passou pela sua atualização mais importante desde o lançamento da criptomoeda em 2015. Intitulada The Merge, a atualização implementou o staking na rede principal do Ethereum de forma definitiva.

Mas o staking não chegou na rede em 2020? Sim, só que através da Beacon Chain, que era uma rede de testes dessa modalidade. Entretanto, os usuários podiam ganhar ETH mesmo estando na rede de testes. Com a implementação do The Merge, o Ethereum recebeu o staking em definitivo na sua plataforma.

Conforme explicado no início do texto, staking é uma forma de “trancar” as criptomoedas em um protocolo para validar transações. Em troca, os usuários ganham recompensas por esse trabalho. A atratividade das recompensas fez o total de ETH em staking chegar a 19 milhões ou cerca de 15% da oferta total de 120 milhões de ETH em circulação.

Além disso, o The Merge trocou o algoritmo de mineração do Ethereum de Prova de Trabalho (PoW) para Prova de Participação (PoS). Essa troca fez a rede se tornar mais sustentável, pois o PoW tende a consumir mais eletricidade do que o PoS, e também permitiu o staking, que só é possível em redes com PoS.

Por fim, o staking permitiu que os investidores de ETH com foco no longo prazo pudessem auferir uma “renda passiva”, gerando mais ETH como se fosse dividendos. Foi justamente essa perspectiva que levou a quantidade de ETH em staking a níveis tão altos.

Valorização no preço

Dessa forma, as atualizações na rede fizeram a cotação do ETH se recuperar nos primeiros meses de 2023. A criptomoeda registrou alta de 52% somente no primeiro trimestre, o terceiro melhor resultado trimestral para esse período em toda a série histórica, que começa em 2017.

Somente nos primeiros dez dias de abril, o ETH registrou ganhos de quase 10%. Como resultado, a criptomoeda acumula uma alta de 63% em 2023, despontando como o segundo melhor investimento do ano. Somente o Bitcoin (BTC), com alta de quase 80% no ano, superou a rentabilidade do ETH.

Com a implementação do Shanghai, no entanto, havia um temor de que os investidores pudessem sacar seus ETH e colocá-los à venda no mercado. Se isso acontecesse, o preço do ETH poderia sofrer uma forte correção, interrompendo a trajetória de alta. Mas, até o momento, o efeito dos saques tem sido bem limitado.

De acordo com a agência de análise de dados em blockchain Nansen, os usuários sacaram menos de 50 mil ETH após a implementação do Shanghai. Isso é menos de 0,3% do total de ETH em staking, uma soma irrisória, que mostra a mentalidade de longo prazo dos investidores.

Por isso que em 13 de abril, dia seguinte à implementação, o preço do ETH subiu mais de 6% em dólares e cerca de 4,5% em reais. Com isso, a criptomoeda renovou suas máximas do ano e, pelo menos no curto prazo, não sentiu os efeitos da liberação dos saques.